sexta-feira, 30 de março de 2012

Eu sou um homem.

Eu sou um homem. Sim, resolvi abrir meu coração pra vocês.
Um homem que não repara no cabelo recém cortado das amigas, afinal, quem repara em cabelo?

Mulher tem 365 coisas pra se reparar, estão sempre diferentes. Blusa, calça, acessório, sapato, bolsa, etc. Muita informação pra ser processada em poucos minutos, aqueles em que perguntam em maior satisfação: "Amiga, reparou alguma coisa em mim?" Digo que não, e pergunto o que tem de tão especial. Ela me responde:"Troquei meu rímel, olha que lindo!" P.O.R.R.A meninas, é querer de mais né? Em que mundo alguém repara em rímel? Até ontem eu nem sabia que aquilo que pinta os cílios se chamava rímel. E o que é aquele aparelho estilo "jogos mortais" que dá curva aos cílios? Meu Deus, aquilo pode matar!

Pra você menina que cresceu querendo se empetecar igual às barbies que ganhava quando pequena, vou te dizer uma coisa: Maquiagem dá espinha, já percebeu? Ok, essa é a hora que serei escorraçada com razão. Maquiagem não dá espinha, o que provoca esse treco horrível na cara é a falta de responsabilidade pra limpar depois que chega da festinha. Você tem paciência pra chegar às 3:30 da manhã, tomar banho, passar produtinho da natura, esperar um tempo e tirar? Não. Então vai ficar com bolinha feia durante um tempo sim, e todo mundo vai reparar.

Quando digo que sou um homem, afirmo com base na veemência dos fatos. Mas claro, sou um homem gay. Fugi da aula de balé com 5 anos pra jogar futebol com os meninos, luto muay thai, ando de skate e sempre sonhei em ter a pista de carrinhos HotWheels. Sou linda, e gosto de bundas masculinas. Quem não gosta?
Poderia ficar aqui listando uma série de coisas inúteis que vocês mulheres fazem, e que vocês homens são. O interessante é que de alguma forma, fomos feitos uns para os outros. Suas características imbecis se encaixam nas minhas idiotas. É pra isso que fomos feitos, é isso que a vida é. Um enorme quebra-cabeça composto de humanos. Acima de tudo, humanos!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Desigualdade Social no Brasil

A desigualdade social é um problema recorrente durante anos no Brasil. O país do crescimento econômico dos últimos tempos, da Copa 2014 e Olimpíadas 2016 dispõe em escala absurda desse problema, que afeta milhões de brasileiros.

É possível analisar desde o "surgimento" da nação, ou saqueamento dos portugueses aos povos nativos, uma imposição de poder sobre os menos favorecidos por parte da classe exploradora. Mais a frente, a então colônia de Portugal já recebia ricos e intelectuais europeus para o povoamento da cidade do Rio de Janeiro, centro cultural e político da época. Nos livros de história vê-se sempre a ênfase nessa classe dominante como marco para a história, nunca analisando a perspectiva dos desfavorecidos pelo sistema Monárquico.

Todo o problema da desigualdade social está relacionado à má distribuição de renda, o que gera como consequência o abrupto enriquecimento de uns, enquanto uma boa parcela da população não detém de poder algum. A desigualdade está inteiramente atrelada ao sistema capitalista, o qual estabelece como principais pilares o acúmulo de riquezas e a individualidade econômica. Em contrapartida temos o exemplo da China comunista, que apesar de se se basear teoricamente no sistema proposto por Marx, apresenta um elevado índice de desigualdade social.

Por fim, compreendemos que o tema abordado traz inúmeros fatores históricos na para a melhor compreensão do problema. Se nosso país do carnaval, do futebol e da alegria desse mais importância a problemas como este, talvez a grande massa não se tornaria uma parcela tão subjugada pela burguesia. A solução está não só consciência moral de um povo, mas em como a democracia se aplica no país.

domingo, 25 de março de 2012

Dilma e os empresários.


Acabei de assistir o programa "Globo News Painel", o qual tratava de um assunto importante que foi pauta da última semana na política. Nossa presidenta Dilma se reuniu com os empresários mais importantes do país para discutir sobre medidas necessárias ao fortalecimento da indústria brasileira.

Em meio ao debate, três de alguns dos empresários da reunião de Dilma se encontravam no estúdio do programa, e era possível observar suas respectivas opiniões com relação ao tema. Prestei bastante atenção aos comentários, e fui anotando tudo o que conseguia, e as palavras que não conhecia. É quase certo que no ENEM ou em algum vestibular, caia uma questão sobre o assunto.

Pelo que pude entender, o que vem prejudicando a indústria brasileira é o alto nível de importação, gerando empregos nos países estrangeiros e prejudicando a economia interna. Os estados querem a valorização das importações, medida essa que como já foi dito antes, iria contra os ideais de Dilma. Isso foi o que um dos empresários declarou.

O câmbio foi posto como um dos grandes vilões da história, por ter levado os países da Europa no século XX a ingressarem na grande guerra. Esse mesmo empresário fez a seguinte afirmação "A valorização da moeda está matando a indústria."

Por fim, o apresentador William Wack lançou uma pergunta para que os convidados respondessem: "A solução de todo esse problema financeiro se daria pela transformação política ou pela sociedade civil?"
Arrisco em afirmar que nenhum problema monetário pode ser dado apenas através da sociedade civil. É necessário que o governo crie projetos junto aos empresários como a valorização da exportação, afim de gerar novos empregos, e medidas que tornem o investimento interno atraentes para a indústria.

Foi isso o que eu entendi =)

sexta-feira, 23 de março de 2012

A vestibulanda

Bom, esse ano vem sendo bem complicado para mim em termos de futuro. Meu último ano na escola, vestibulanda, neurótica, precisa passar pra uma Federal. Eu poderia ter vários problemas na vida como ter o nome sujo no SPC, filhos para criar ou estar prestes à ser despejada de casa, mas não... Eu preciso passar para uma universidade!

Claro, você que está lendo isso deve estar querendo me dizer "Calma, Luani! É só estudar que você consegue." Beleza, mas onde a gente colhe vontade? Minha escola, no português mais chulo possível, está cagando pra mim e pra o que eu penso da vida. Pra eles, sou mais uma no meio da massa de manobra. No cursinho pré-vestibular particular, alguns professores entram na sala inflados pelo ego, se achando no direito de menosprezar as escolhas e opiniões dos alunos. Professor não é dono do saber, é canal de conhecimento!

Sabe aquela sensação de se sentir a pessoa mais burra do mundo? É assim que eu me sinto na escola, ou nos cursinhos. Nerd's insuportáveis criados em colégios particulares, acostumados desde pequenos com o conhecimento dado de bandeja. Esses babacas estão muito mais a frente de mim, pobre de escola pública que cresceu se fodendo pra aprender matemática ou chorando por não ter professor.

Durante boa parte da vida, estudei em um colégio particular, e tive tudo o que precisava. Até mesmo preconceito. A partir da sétima série por questões pessoais, fui obrigada a mudar para um Estadual, e começar um ensaio do mundo dos ferrados. Aqueles que precisam correr atrás das coisas pra conseguirem chegar ao objetivo. Perdi o preconceito. Abri os olhos pra política, pra leitura e pra realidade.
É preciso perder algo, pra que se comece a dar valor. Meu caso não se relaciona apenas ao valor teórico, mas ao engajamento social, e às críticas ao sistema.

Enfim, tenho medo. Quero fazer Jornalismo, e foda-se o que você pensa sobre isso, sério. Cansei das críticas negativas, sou imatura e não gosto de críticas negativas! Já sei dos riscos e das possíveis consequências, mas se eu não arriscar, quem arriscará por mim? Levo essa insegurança na mochila à caminho do cursinho todos os dias, e sei que faz parte dessa fase. Só queria pedir uma coisa pra Deus, UMA coisa: Ilumina minha mente, eu preciso passar pra uma Federal!!!!!!
O resto a gente se vira.
PS:(Essa é a deixa pra vocês comentarem em baixo: Imagina Luani, você vai passar sim!)
PS2:(É sério, gente. Preciso de incentivos.)

domingo, 4 de março de 2012

O trabalho na construção da dignidade humana.

Desde a época da escravatura no Brasil, o trabalho pode ser considerado um tema questionável em determinados aspectos, digno de um debate amplo e significativo. Se faz presente na vida de todos como base para construção profissional, e para outros , aparece como única oportunidade de vida.

A questão da dignidade se associa diretamente ao trabalho de quem busca por algo dentro dos padrões aceitáveis da sociedade, nunca perdendo o foco dos direitos humanos. Será mesmo?
Podemos analisar os casos constantes de negação ao trabalho na edificação dessa dignidade.

Por muito tempo a escravidão foi uma realidade no Brasil, se estendendo para o mundo contemporâneo em forma de exploração bruta de trabalhadores em pequenas regiões. Além do rompimento com os direitos humanos, há a corrupção, o que nos faz repensar no conceito de construção de dignidade no trabalho.

Crescemos acostumados com a ideia de que quem trabalha é digno, padronizamos o modelo de cidadão consumista mas não nos damos conta de que há uma enorme parcela de pessoas que não conheceram a oportunidade de estudar. Dessa forma, acabam migrando para a área da violência, sendo marginalizadas pela própria sociedade. A falta de oportunidade acarreta para os problema urbanos, dando a entender que só é digno quem trabalha.

No contexto capitalista, todo o mérito e dignidade se associa à melhor profisão do mercado, e ao seu valor de remuneração. Se realmente o conceito de dignidade trabalhista fosse algo democrático, professores não seriam tão desvalorizados e trabalhadores de baixo escalão não sofreriam preconceito.

Por fim entendemos que o trabalho na construção da dignidade humana está ligado ao contexto político-educacional, e aos padrões impostos por uma sociedade consumista. Enquanto houver a desigualdade social, a dignidade trabalhista estará longe de se concretizar.

(Luani Mendes)

sábado, 3 de março de 2012

Juventude Consumista.

Oi leitor, como vai?
Eu estaria ÓTIMA se não fosse essa constante batalha com as pessoas da minha idade pra tentar enfiar um pouco de sensatez na cabeça. Sabe e que mais me irrita?Adolescente chato afetado pelo sistema consumista padrão da sociedade, que se acha no direito de definir o certo e o errado. Cresceu aprendendo com o papai que pra vencer na vida tem que estudar nos melhores colégios, e esqueceu que nada disso importa se você não souber administrar o que tem.
- "Ah Luani, mas História não dá dinheiro. Faz não."
- F.O.D.A-SEEEEEEEEEE!!! Se eu quisesse dinheiro traficava, ou rodava bolsinha na esquina da cidade, besta! E tem mais: Quem disse que eu quero fazer história?
- "Ah Luani, mas você vai ser professora, né..."
- "Vem cá, você tem noção do meu campo profissional? Você sabe as coisas que eu posso trabalhar? Você sabe quanto ganha um professor de universidade? Não? Então: SHHIIIIUU! Se informa, e vem falar comigo, tá? Anta!"
- "Ah não, mas eu quero fazer engenharia. Vou ganhar dinheiro e ser rico(a). Vou fazer dezoito anos e tirar carteira de habilitação. Vou morar num apartamento de luxo no Rio, ter meu marido, meu filho e ser mais uma dessas formiguinhas manipuladas pelo sistema, que mais ligam pra moradia na Barra do que pra sua própria liberdade. Ah Luani, vou ser feliz, sabe? Porque afinal, ter dinheiro é ser feliz."

Olha só, gente. Não tenho nada contra se vocês vão fazer engenharia ou algo do tipo, mas por favor, não sejam assim. Tem tanto jovem hoje que luta por um mundo mais bonito, mais limpo, sustentável e gentil e você ai esquecendo dos valores? E por favor, parem de estigmatizar as profissões. Eu quero fazer jornalismo, e ai? Vou sofrer? Claro! O que muita gente não conseguiu entender é que nada na vida vem de mão beijada, NADA. Nem seu emprego na firma como engenheiro.

Pais, deixem que seus filhos escolham que caminho seguir. Deixem que eles quebrem a cara, porque a vida é isso. Filhos, enfiem sensatez no cotidiano pelo menos uma vez na vida e pensem com o coração, ao invés do bolso.
O mundo precisa de mais humildade, e menos ganância. Na boa, não seja mais um desses babacas que eu tenho nojo. Seja você, e não interrompa a minha felicidade, seu careta escroto!

Atenciosamente, Luani Mendes.