sábado, 25 de fevereiro de 2012

Eu vou pro mar.


Eu vou pro mar
Eu vou dormir

Que lá ele me leva
e cuida de mim

Eu vou pra praia pra sonhar
Você e eu assim, feitos para amar.

Carrego a dor do arco-íris feito pela solidão
Cê esqueceu tua camisa na gaveta do meu coração.

Vem, benzinho. Só não deixa de me esquecer
Que o apego tomou conta, nossa mania de querer.

Ingrato foi o tempo que apagou toda a minha memória
Mas doce é o vento, que traz a tona nossa história.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"Todo carnaval tem seu fim."


Preciso te confessar uma coisa: A coesão do tempo, é a cura pro amor.
Todo carnaval tem seu fim, não é? Pois bem, o meu se desfez como pétalas de alegria. A confissão que faço é a de pela primeira vez, ter encarado essa época como algo interessante. Tirando as músicas irritantes das quais ainda procuro remédio pra desentranhar da pele e da mente, meu carnaval foi bem aproveitado. Pulei, dancei, beijei, sorri. Vivi sobre ele, sobrevivi ao encanto.

A confissão de agora, é dos pecados não cometidos. Do passado iluminado, que sem ele nada existe. Do concreto vão deixado pela tua ausência.
Confessar, confessionário, sai de mim!

"Eu quero mais é beijar na boca e ser feliz daqui pra frente." Será? A gente pula, cospe palavras na cara do folião atrás do trio, e nem percebe o estrago que fez ao vento. Ele paga por tudo o que criamos e sentimos.

Nesse carnaval, estudei o corpo dele e pratiquei o desapego. Antes que os sonoros do meu coração voltassem a trabalhar, apontei pra vida e corri. Aí ele me liga, me manda mensagem e corre pra mim. Seria eu a vida dele então?
Pratica o desapego também, querido, que esse apego um dia foi meu.

Quebrei a cara da vergonha e acordei satisfazendo a vontade do corpo: Nadar até o barco da frente, sem medo de me afogar. Deixa de besteira, menina! Carnaval ou não, a gente precisa se jogar na maré de felicidade.
Aproveita com calma, que no ano que vem tem mais!

Lista de presentes pro meu aniversário =)

Bom galera, meu aniversário é na segunda-feira que vem (27/02), e resolvi fazer uma listinha de coisas que vocês poderiam me dar. É, você que quer me dar um presente mas não sabe o que comprar, pode ler isso e solucionar todos os problemas da sua vida. Porque quando recebemos um presente e dizemos "Não precisava, imagina!", estamos mentindo. kk
Pois bem, é ÓBVIO que isso é uma brincadeira, e é ÓBVIO que ninguém vai me dar porra nenhuma, mas não custa nada compartilhar. ;)

- DVD do Não Conta Lá em Casa
- Box imaginário do Estúdio i (Temporada 2011)
- Box de FRIENDS
- DVD do John Mayer em LA
- Camisa do Los Hermanos
- Um notebook (pros amigos ricos)
- Livros:
º A máquina de fazer espanhóis (valter hugo mãe)
º Corpo presente (JP Cuenca)
º A chave de casa (Tatiana Salem Levy)
º Tati Bernardi (Qualquer um desses http://www.tatibernardi.com.br/livros/ )
º Me leva Mundão (Maurício Kubruskly)
º JN no ar
º Era uma vez minha primeira vez (Thalita Rebouças)
º O paraíso de zahra (Amir Khalil)

- Um parabéns da Maria s2
- Um parágrafo do JP Cuenca dizendo que eu sou sua musa inspiradora, a razão da literatura dele e etc. (kkkkkk)
- Uma capinha pro meu celular
- Salpicão da minha mãe
- Cachorro-quente da tia tel
- Biquíni novo
- Bola de futebol
- All Star
- O Daniel pagando meu jantar no Sushi
- Uma caixa da Cacau Show
- Uma declaração de amor eterno dos meus queridos amigos porque fala sério né, eu mereço. ;)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Vermelho - Marcelo Camelo



As vezes eu só quero descansar
Desacreditar no espelho
Ver o sol se pôr vermelho

Acho graça
Que isso sempre foi assim
Mas você me chama pro mundo
E me faz sair do fundo de onde eu tô, de novo.

Nada sei dessa tarde
Se você não vem
Sigo o sol na cidade
Pra te procurar

Eu bem sei onde tudo vai parar
Já não tenho medo do mundo
Sou filho da eternidade

Trago nesses pés o vento
Pra te carregar daqui
Mas você sorri desse jeito
E eu que já perdi a hora e o lugar...
Aceito.

Nada sei nessa tarde
Se você não vem
Sigo o sol na cidade
A te procurar

Nada de meu nesse lugar
A cidade vai pensar
Que nada aconteceu em vão
Você vai me ligar então mais uma vez

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CAMPANHA DOAÇÃO DE SANGUE

Pessoal, ante-ontem o pai de uma grande amiga e também professor de Ed. Física de muita gente aqui de Angra sofreu um assalto e levou uma facada na cabeça. Por mais incrível que pareça, esse guerreiro educador está vivo e consciente, mas perdeu muito sangue e precisa da doação de sangue de vocês!
Eu te peço em meu nome, e em nome da família da minha amiga que com certeza sofre com essa fatalidade. Te peço como cidadã, criança, e adolescente que cresceu com esse cara. Venho por aqui fazer esse pedido a você que puder doar sangue. Ao invés de ficarmos postando fotos com frases prontas como se tudo tivesse acabado, podemos ajudar de forma madura e concreta pra que o Professor Nilton saia dessa.
O endereço do Hemonucleo de Angra dos Reis é:
Rua Manuel do Rosário, 67. Centro.
Horário para Doações: 2ª a 6ª de 8h às 12h e 13h30min às 16h
Tel.: 24-3369-6133
Referência: Hospital Codrato de Vilhena

Essa é a hora de fazer alguma coisa!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Paulo, contador de histórias.

Fui ao Centro hoje a tarde com minha mãe, a fim de comprar meu material escolar e acabei por ter um dia incrível. Apesar dos quarenta graus (sensação térmica de setenta e sete), Angra toma um ar leve e um céu indescritível lá pelas seis da noite.

Eu e ela andamos debaixo desse sol escaldante procurando o caderno que eu queria (dica: Nunca leve sua filha ADOLESCENTE para escolher seu material. Principalmente quando for no Centro da cidade, em dia ensolarado) e óbvio, nos rendemos a algumas lojinhas de roupa, porque ninguém é de ferro. (Vale lembrar que eu odeio comprar roupa, mas aquela blusa estava me chamando da vitrine.)

Pois bem! Depois de andarmos muito e gastarmos mais do que devíamos, resolvemos parar numa lanchonete natural e dar uma descansada. Minha mãe e eu começamos uma discussão sobre o significado de uma palavra que estava escrita em inglês na caneca ao nosso lado. Ela só sabe falar "Thank you, my brother" e "Hello", mas defendia a tese de que o "break" na caneca significaria "preto".
De repente, minha mãe resolve se virar para o lado e perguntar a um senhor que aparentava seus setenta e poucos anos, o que ali estava escrito.

Ele diz que não domina o inglês muito bem, mas com certeza era "preto". Entendendo que havia perdido a batalha para a teimosia e a gentileza do senhor, desisti de tentar convencer um dos dois. O fato é que ele começou a contar uma série de histórias, e em menos de cinco minutos, eu lutava contra meu organismo para não transpassar emoção.

Você provavelmente vai me achar estúpida por me emocionar com isso, mas ele tirou do bolso uma carteirinha militar da ONU. Seu Paulo tinha servido o exército brasileiro em 1948, no então Estado de Israel. Me contou que após servir na faixa de gaza, foi mandado para o Marrocos, França, Itália, Alemanha e Egito. Entrou na maior pirâmide do mundo, conheceu os maiores cabarés da Europa e experimentou as bebidas mais interessantes de sua vida.

Cheio de orgulho, me mostrou suas fotos de quando tinha cabelo e a manchete dedicada a ele que o nosso jornalzinho regional publicou no dia da independência. Me ensinou palavras em árabe e contou mais um pouco sobre o trabalho na ONU em meados de 50.

Olhava para as mãos de Seu Paulo com uma nostalgia me corroendo o peito. O fitava como se estivesse a frente de alguém de suma importância. E era! Seu Paulo viveu mais do que qualquer um de nós possa imaginar. Nasceu em 1931. Pegou a Segunda Guerra, a criação do Estado de Israel, a Guerra Fria e a ditadura militar.

Hoje ele ajuda o filho a tocar a lanchonete de esquina da principal rua da cidade. Vai aos forrós locais, dança com mulheres de todas as idades e passa o sábado na praça jogando suas história ao vento.
Combinamos de nos encontrar nessa próxima semana. Me mandou chegar às quatro da tarde, munida de um bloquinho e uma caneta, com propósito de aprender árabe e um pouco da vida.

Já indo embora, Paulo lançou a última frase:
"Nos conhecemos aqui, no balcão da lanchonete há meia hora, e parece que sempre soube quem era. Você é especial, menina. Tem brilho no olho."