quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tema: O cinema como prática social.

"O cinema dos meus olhos"
 Há tempos não se discute de forma circunstancial a importância dos filmes para o mundo. Anualmente, voltam-se os olhos para o mais famoso tapete vermelho em Hollywood, instigando críticos cinematográficos a cumprirem seus papéis, e fãs das mega-produções e atores-estrelas à darem "pitacos" sobre a festa. Mediante a tanta banalidade, o cinema atual ainda exerce papel fundamental à sociedade?
 
Assim como a literatura, as artes plásticas e tantos outros gêneros artísticos, o cinema tem o papel de agente reflexivo, apontando falhas e críticas do cotidiano. Faz do entretenimento um mecanismo essencial na atração do espectador, como peça-chave de uma construção social.
 
Grandes cineastas se consagraram justamente pelo apelo político e filosófico de seus filmes, camuflando a trama com um enredo muitas vezes romântico ou satírico; como é o caso de Charles Chaplin. Motivado pelo contexto político e suas ideologias comunistas, Chaplin expôs em filmes como "O grande ditador" e "Tempos modernos", ávidas críticas aos sistemas repressivos da época, e ao desenfreado capitalismo.
 
No Brasil, diretores como Glauber Rocha chamaram a atenção pela quebra ao estilo usual, decorrente dos anos anteriores. Atualmente, com a explosão de sucessos de bilheteria nacionais, o Brasil se destaca pela frequente denúncia social. Filmes e documentários ambientados em favelas, dão margem à discussões sobre a realidade de um país que, ao mesmo tempo que brilha, luta para esconder a sujeira da corrupção e da violência.
 
A partir de tais exemplos, depreende-se que independente da glamourização de atores ou do alto orçamento de uma produção, a magia de um filme está na metafísica inserida pelo roteiro, os questionamentos internos que nos fazemos ao sair de um Kinoplex. Em posição de sétima arte, o cinema tem como ferramenta a vida, e a partir do sentimento catársico provocado em quem o assiste, tende a provocar inquietação e mobilização social a qualquer indivíduo pensante. Cinema novo, cinema velho... O cinema dos meus olhos.
 
Luani Mendes.

ps: existe sentimento "catársico" mesmo? rs Tá certo?