sábado, 11 de maio de 2013

a onda - um desabafo cru de mais uma agulha no palheiro.

sexta-feira é dia de ser tomada pela superficialidade juvenil que me espreita pelo correr da semana. eu, no auge dos meus 18 anos, acredito piamente que pra tudo nessa vida tem que haver um propósito maior do que a simples ação. acredito que a vida é uma obra de arte como aquelas que estão expostas em centros culturais e que sua verdadeira representação deve ser encontrada nas entrelinhas. a única coisa que não consigo entender é a estagnação intelectual a qual nos encontramos hoje.

a diversão do rapazola é ir pra praia com os ditos amigos, sentar no cais, puxar um e falar besteira. veja bem, a crítica não é com a droga, e sim com o que o impulsiona a fazer isso. perdemos nossos valores, nossa veia esquerdista, nossa agitação política, os papos sem pé nem cabeça que talvez levassem a algo bonito um dia. está tudo perdido e eu estou perdida também. sozinha não dá pra fazer muito, acabo caindo da lorota de escrever sobre a bagunça e caio na mesmice dos achismos que não vão mudar o mundo.

ele fala de bukowski e escritores beats. faz filosofia barata no cais, pensando ser algo quando na verdade o que eu vejo é um playboyzinho de voz arrastada que se vangloria por dominar a arte de enrolar um baseado. não, gente. a vida é mais do que isso. acho que é tão mais vazio viver sem propósito, viver só por viver e ver no que dá. claro que todos temos uma fase meio bagunçada só que chega uma hora que o sonho acaba e a realidade tem que vir a tona, é esse o trabalho dela. utopia maior é surfar na superficialidade e acabar se perdendo na própria ausência de ideias, porque você sabe, a onda é bruta.