domingo, 27 de março de 2011

Indispensável na sua lista de filmes



Cisne Negro (Black Swan)
A primeira vista pode parecer um filme sobre balé, mas ao longo da trama, percebe-se um grande, e bem sucedido empenho na maioria das áreas. Dirigido por Darren Aronofsky, a produção se baseia em Nina (Natalie Portman). Uma jovem bailarina que está prestes a concorrer pelo papel principal da montagem "O Lago dos Cisnes". Devido aos seus excessivos esforços em aprimorar sua técninca, Nina se vê presa a sua mente, gerando confrontos paranóicos entre o que é a realidade, e o que é fruto de sua imaginação.
Como antes dito, não é apenas um filme sobre dança. Resultado de uma maravilhosa beleza estética, Cisne Negro é um daqueles filmes que nos fazem ter cada vez mais, admiração por certos tipos de diretores americanos e suas brilhantes ideias, como Aronofsky. A atuação de Natalie Portman deve ser apreciada tal como a magnitude do filme, o que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz nesse ano (2011).
O elenco também é composto por Mila Kunis (Lily), o francês Vincent Cassel(Thomas Leroy), Winona Ryder(Beth MacIntyre) e Barbara Hershey(mãe da Nina).
Um filme brilhante, com uma linda e artística produção. Super recomendo!

Por: Luani Mendes
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. Clarice Lispector


quinta-feira, 24 de março de 2011

Estudantes em Brasília protestam a favor de reajuste do PIB na educação.



Achei incrível a determinação dos cinco mil estudantes que se comprometeram a reivindicar pelos direitos á melhorias na educação, a partir do ano de 2011. A União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, se reuniram hoje (quinta-feira) para manifestar pacíficamente sobre o reajuste no investimento do PIB, sobre a área educacional. Os estudantes defendem que 10% do Produto Interno Bruto, e pelo menos 50% dos fundos sociais adquiridos pelo pré-sal, sejam direcionados a essa área. Não tenho dúvidas que a educação hoje no Brasil é precária se comparada ao alto nível de desenvolvimento alcançado pelo país ao longo dos anos, mas como cuidar de todos os pontos, se todos no final acabam ligados a um só?
Será que eles não enxergam que está tudo relacionado a falta de estrutura educacional na qual o país se encontra? Altas taxas de desemprego, violência, e até mesmo na área da saúde.
Eu acho que se pudéssemos realmente investir com tudo na educação do brasileiro, não teríamos tantos problemas, que na maioria das vezes poderiam ter solução mais efetiva, se houvesse um melhor planejamento do Governo.
Só sei que admiro a manifestação do povo quanto a causa, e apoio. Afinal, é o meu futuro e o de milhões de jovens que está em jogo.

Por: Luani Mendes

(A informação foi retirada do site do Jornal "O Globo", mas o pensamento e a tentativa de refletir sobre o assunto foi da autora do texto. Se quiser ler a informação na íntegra o endereço é http://t.co/mJ8Y2kh
A foto foi tirada do site "Perfil News" http://www.perfilnews.com.br/brasil-mundo/estudantes-fazem-manifestacao-em-frente-ao-congresso)

terça-feira, 22 de março de 2011

Destino repressor

Não aguento mais. Quero fugir, pra onde ninguém me encontre. Me esconder no buraco mais profundo da Terra. Sentada na cama, ouço o barulho das balas encontrando os carros, vidros e janelas. Pelo buraco feito na parede do meu quarto na semana passada, vejo com medo a fúria deplorável com que os homens vestidos de verde e turbante na cabeça pisam e chutam um homem que pelo infortúnio da vida, passara pela rua. Essa é a vida que tenho hoje. Não posso sair de casa, não posso ir para a escola, fui proibida de ir ao mercado, um dos únicos lugares que tinha prazer em ir quando mamãe me mandava. Se fechar bem os olhos, ainda consigo sentir o gosto doce da bala açucarada que Khuzaymah costumava me dar. Infelizmente não consigo me lembrar de um dia que tivesse respirado o ar puro de meu país, e tivesse dito: "Eu sou livre!",Tanto através da repressão vivida pelo lado de Gaddafi, tanto pelas tamanhas regras impostas por minha família. Tia Farihah nos contou que seu filho mais velho, Ghassan, levou um tiro enquanto protestava. A bala perfurou a perna, mas ele já está bem. Ghassan apoia o movimento Rebelde da Líbia, e constantemente era chamado para os conflitos. Já sua filha de 3 anos,Amal, não deu tanta sorte. Enquanto brincava com sua única boneca sem um dos braços, no pequeno cômodo que poderia se chamar de sala, três homens entraram na casa e atiraram em tudo que viram, incluindo a garota, que mal sabia o que estava acontecendo. Semanas depois, foi descoberto que os homens que invadiram a casa de tia Farihah eram das forças Aliadas a Gaddafi. Todos ainda estão chocados com o acontecido, mas nada se pode fazer com relação a tal atrocidade no momento. Eu queria que tudo isso parasse, que eu não tenha que me preocupar em ser morta enquanto ando na rua, e sim qual prova terei no dia seguinte. Queria que tempos de paz voltassem a reinar sobre nossa nação. Queria ser uma ocidental. Estudar fora, e não ter mais que usar burca. Papai diz que estou louca, que devo casar com quem ele escolher e viver para meu marido. Não quero isso, quero ser livre! Mas do que adianta se conseguirmos a liberdade de expressão nas ruas, quando dentro de nossas casas continuamos oprimidos pela tradição? Quero sair no mundo. Pelo menos lá, eles parecem estar melhores que aqui.

Ahlam Khan.