segunda-feira, 30 de abril de 2012

Positividade

Ao mesmo tempo que te amo, te odeio. Como pode? Deve ser uma das inúmeras consequências do amor. Aí você deve estar com a frase na ponta da língua "Que saco, dor de corna." Antes fosse... Antes um homem escroto tivesse pisoteado no meu coração e apagado a luz do meu quarto frio. Foi bem mais próximo que isso. Foi tudo, foi nada.

Como disse a uma amiga ontem, já deixei de dar valor a essas efemeridades negativas da vida. Lutei tanto pra ser otimista, que não vai ser uma bobeira cotidiana, palavras de maldizeres ou pré-julgamentos alheios que me tirarão a positividade. Fui treinada pra ser feliz, desculpem. Aprendi com Deus que um dos maiores dons do homem, é a mansidão. Tratar situações difíceis com calma, paz e sabedoria. Pensar antes de falar. Desse jeito,  parece até que voltei da minha viagem "Comer Rezar Amar", mas é só um modo de se expressar através da espiritualidade.

É fato de que toda vez que vou a Igreja, choro feito bebê. Sentir a presença de Deus, é a coisa mais linda do mundo. Um vento no coração, como se ele estivesse entrando ali e arrumando toda a bagunça feita por mim, criança idiota. E Ele entra quando a gente chama, e restaura tudinho, fazendo com que você se sinta a melhor pessoa do universo. Como se o chuveiro pudesse lavar a alma...

Não importa o quanto o dia me machuque, a noite sempre vem pra me abraçar de maneira suave, até que eu possa me deitar. Fechar os olhos pro mal, viver o sonho que eu quiser. Obrigada por mais um dia de vida, Senhor! E obrigada por me fazer uma pessoa feliz.

A rosa

Eis que a rosa se volta contra o espinho:
- Você vive em mim, e me machuca! Não percebe isso?
- A dor às vezes faz parte da convivência, minha flor.

Século XXI: Os limites entre o Público e o Privado.

Em meio á inovações tecnológicas do século XXI, é comum encontrar milhares de cidadãos conectados por quase um dia inteiro à internet, seja pelo computador ou celular. Jovens mergulhados em redes sociais, por inúmeras vezes ultrapassam os limites do público e do privado, sem perceber a proporção do problema.
Atualmente, as condições de acesso à internet são democráticas, permitindo a todos seu uso, mas até que ponto sobrevivem os valores éticos relacionado à vida individual?

Acostumados com a cultura da exposição ao coletivo, o brasileiro tende a aparecer entre os maiores usuários em redes sociais do mundo, dado preocupante até certo ponto. Se a vida privada já era burlada antes sem os modos cibernéticos, no mundo tecnológico torna-se praticamente incontrolável. Indo pelo preceito de que cada um sempre tomou conta da vida do outro, as redes sociais aparecem como um meio de facilitação da "espiadinha" particular. O perfil já está pronto, com todas as atividades expostas. O que impede ao usuário de invadir secretamente as informações alheias?

Não se pode generalizar e transformar as redes sociais em monstros criados para destruir o conceito privado. São também formas inovadoras que ajudam na comunicação da sociedade, tanto com relação ao entretenimento, quanto aos veículos de informação. As redes sociais são fenômenos contemporâneos, consequentes do avanço tecnológico mútuo das sociedades. Bons exemplos a serem citados foram as publicações em rede sobre manifestações no Oriente Médio, o que deu origem à Primavera Árabe no início de 2011.

É necessário o discernimento daquilo que se enquadra aos padrões aceitáveis da convivência com indivíduos diferentes, para que haja consentimento de ambos os lados. Respeito e responsabilidade civil estão atrelados ao senso moral dos usuários, facilitando assim o convívio com os amigos virtuais. O público e o privado são materiais de estudo para entender as atividades sociais em um organismo que cresce cada vez mais com o tempo. O compromisso com tais materiais vem do entendimento das possibilidades quanto ao coletivo. A linha tênue entre o certo e o errado.

domingo, 29 de abril de 2012

Fernanda

Acordou e olhou o relógio: 3:15 da manhã! Onde estava o corpo molhado, quente e interplanetário que dormira com ele depois do barzinho?
Inverno de 2008. João nunca acreditou que um dia encontraria a mulher perfeita: Cabelos escuros, olhos castanhos, pele clara e camisa de sua banda preferida, "Ramones". Fernanda era quem sempre idealizou, do tipo que fugia dos padrões de menininhas de 23 anos. A encontrara enquanto andava pela Lapa, numa tarde de céu aparentemente mau-humorado.
- Me empresta o celular?- Ela perguntou assim, sem nem conhecê-lo.
- Hein?
- O celular! Me empresta? - A cara era de desespero. Resolveu emprestar, afinal, estava na Lapa...
Tentou ouvir resquícios da conversa da moça, e só conseguia entender os palavrões.
- Filho da puta, desgraçado! Eu sei que você ainda me ama! Não pode me expulsar de casa, é o MEU apartamento!...
- Moça?
-... E o Spot fica comigo! Eu o comprei naquela loja, e ele é MEU por direito!
- Desculpa interromper, mas...
- Vou buscar minhas coisas hoje mesmo, seu babaca! - E desligou na cara de quem estava na linha.
- Valeu aí, toma teu telefone. - Entregou meio debochando do aparelho, com um cigarro na boca e o batom meio borrado. O fitou por 4 segundos, e saiu andando.
- Espera! Qual é o seu nome?
Ela virou o olhando de cima em baixo, e lançou: "Fernanda." Foi o que bastou para João permanecer embasbacado por alguns longos minutos, enquanto a figura feminina ia desaparecendo pela rua.
No dia seguinte resolveu aparecer no mesmo local, a fim de encontrar a garota perto do orelhão. Não encontrou. Resolveu sentar num barzinho de esquina e pediu uma tequila, enquanto esperava pelos amigos. Duas horas após a bebedeira, percebe alguém diferente entrando no barzinho. A menina debruçada ao balcão, pede uma bebida barata, com o mesmo cigarro na boca, mas uma camisa diferente. Agora é "Nirvana".
João levanta da mesa em direção ao balcão.
- Oi!- Diz todo sorridente, esperando ser retribuído.
- E ai?!- Ela o trata como se nunca o tivesse visto na vida.
- Você me pediu o celular emprestado ontem a tarde, aqui na praça. Não se lembra? Em frente ao orelhão.
- Ah sim, claro. Cê tá bem?
E a conversa desenrola até o final da noite. Dois jovens bêbados, enterrados em suas próprias ambiguidades.
- Quer dar um pulo no meu apartamento? Fica perto daqui.- Ele pergunta sem graça, não costumava fazer isso com frequência, mas era Fernanda. A garota mais louca que já tinha aparecido em sua vida.
- Claro, bora lá!
Quarto, sala, cozinha e banheiro. Importante pra sobrevivência de um homem.
- Você não tem mulher não?
- Não. Minha namorada me deixou há um tempo, saiu com um pseudo-intelectualzinho de merda do curso de economia. E você?
- Não. Eduardo me trocou por uma peituda da academia.
Ele largou a bebida que oferecera a ela na mesa de centro, e resolve encontrá-la lentamente. Beijou o rosto, a boca, o seio, a barriga... Fernanda nada fez para impedir, e quando deu-se conta, já se entrelaçavam sobre a cama amarrotada que ele havia esquecido de arrumar mais cedo.
- Fica comigo, João?
- Fico se você ficar.
3:15 da manhã. Acordou, sem entender nada, e achar ninguém.
Fernanda havia ido embora.

Máquina de Escrever

Quando vocês vão perceber,
Que o que eu quero mesmo
É uma máquina de escrever?

Luani Mendes.

Quase irmãs

Estava ontem no curso Pré-Vestibular, com meu caderno personalizado com essa foto (Pâmela, Maria e eu). De repente uma menina virou pra mim, olhando para o caderno e perguntou: 
- São suas irmãs?
Eu toda feliz, respondi: - Haha, quem me dera! 
Ela: - Os sorrisos de vocês se parecem, principalmente o seu e o da moça do meio.
Pronto. Meu dia se fez.

Boa sorte!

Estou no terceiro ano do Ensino Médio, tenho 17 anos e já não aguento o peso da vida. Pode me bater, vai doer menos que as palavras mal-ditas por uma pessoa que amo ontem. Estudar não é peso, não é tédio, não é nada perto de tudo. Estudar enriquece a alma, e em certos momentos até alivia. O que maltrata é não saber se todo o esforço e força de vontade serão recompensados no final. Será que eu passo? E se de nada valer, qual é o propósito disso tudo?

Vou prestar vestibular pra Jornalismo, e por mais incrível que pareça, essa é a única certeza da minha vida agora. Que eu vou me foder muito até arranjar um bom emprego (tenho fé), ralar o dobro na empresa pra me destacar, ouvir desaforo de superiores, passar finais de semana e feriados de plantão na redação, viver atendendo celular e procurando um jornalista que me atraia. Pra você que é contra, me deixe quebrar a cara, talvez sirva de lição. Pra você que é a favor, eu te amo.

Você já entrou numa redação de jornal? É como se estivesse entrando num sonho, e o momento que você esbarra com jornalistas que cresceu admirando, é quando surge a necessidade de se perguntar o porque de estar ali. "Por que ele está falando comigo?" "Por que ela é tão gentil?". Perguntas bobas de adolescente embasbacada, mas é a mais pura verdade. A redação é o local mais importante de um jornal, pois é lá que a notícia nasce e toma forma, até chegar na sua casa. Não é lindo?

Não sei se todos que me aconselharam a não prestar vestibular pra Jornalismo/Comunicação Social tinham esse amor substancial pela profissão, ou só escolheram o curso porque era atraente no momento, e gostavam de escrever. Até porque, acho pouco provável que alguém que ame algo, te mande correr da coisa. Também tenho plena consciência que o mercado de trabalho é escasso, e que não se precisa mais de diploma para trabalhar na área, mas  me responde uma coisa: Você contrataria um engenheiro que é formado em economia? 

"É escasso pra qualquer profissão", me disse um professor incrível de Comunicação Social. Um caso típico são os amigos que fizeram curso técnico em Petróleo e Gás, e hoje estão aí loucos por estágio. Nada é fácil, gente. Sou otimista em acreditar que tudo o que é feito com amor, dá certo. Nunca pensou que poderia acordar todos os dias e sentir aquele frio na barriga por fazer algo que realmente adore? Esquece o dinheiro, isso é só uma consequência do seu bom empenho naquilo.

Enfim, minha primeira etapa é entrar na universidade, mesmo com todas as adversidades que a vida faz questão de colocar no caminho. É um jogo pra ver se eu vou desistir. No final espero terminar chorando e abraçando minha família, ao ler meu nome na lista dos classificados. 
"Não vou te desejar sorte, você tem talento! Tá bom... Boa sorte!" <3


ChocolateMorfina

São quatro da manhã, e estou pilhada. Cheguei do curso Pré-Vestibular, e dormi até... Agora. Meu sono é um bom material a ser examinado por cientistas ávidos em novas informações, mas isso não importa. O que importa é que apesar de tudo o que me fez mal hoje, eu encontrei forças para estudar. Ouvindo uma banda chamada Chromatics, algumas do ColdPlay e destrinchando sobre a Primeira Guerra Mundial no meu bloquinho, vou prolongando a agonia da falsa felicidade.

Ouço "The Scientist" projetando meu casamento, e nem namorado eu tenho. Nem quero ter, por um bom tempo. Essas coisas não dão certo pra mim, nunca deram, então decidi que vou ser dessas meninas felizes e realizadas com seus livros e amores ocasionais. Não chorem, enxuguem suas lágrimas de crocodilo, eu vou ficar bem. É a consequência de encontrar apenas pessoas idiotas ao longo da vida. Só que hoje foi daqueles dias que eu compraria uma passagem pro céu, só pra encontrar meu pai e suplicar pra Deus me deixar abraçar o véio. "Problemas, problemas, até quando?" Até sempre, querida.

 Por acreditar na felicidade, ter fé no amor e em Deus primeiramente, não me abalo mais com coisa boba. Me abalo sim, por algumas horas, mas a essência permanece positiva. As pessoas que mais amamos, tendem a ser as que mais nos fazem sofrer. A pior coisa que poderia acontecer é quem você contaria com um abraço, te bater no peito e lhe fazer chorar. Uma dor insuportável, pior que bater a cabeça na quina da cama, e olha que depois da choradeira eu fiz isso. Resultado: Um galo na testa, e um coração socado. Preciso de mais alguma coisa?

ChocolateMorfina cura todas as dores do meu mundo. Melhor que bebedeira alcoólica, é bebedeira chocólatra. "Porre de toddynho, e que morram os outros!"- A gente fala pro garçom, que com cara de espanto, pega o achocolatado da cozinha da mulher e leva pra guria com cara de criança estendida sobre seu balcão imaginário. A guria pensa em fugir, mas sabe que de problema não se foge.
"TRIM, TRIM, TRIM!!!"
- Alô?
- Oi Tchuca, é papai.
- Oi pai, vai vir que horas?
- Daqui a pouco eu chego aí, vai se arrumando.
- E hoje vamos aonde?
- Aonde te fizer feliz.
 - Te amo, pai.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Samba da Bênção, Vinícius.

"Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
 A beleza que tem um samba, não
 Porque o samba nasceu lá na Bahia
 E se hoje ele é branco na poesia,
 Se hoje ele é branco na poesia
 Ele é negro demais no coração" (Vinícius de Moraes)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Encontro Marcado

"O homem quando é jovem, é só, apesar de suas múltiplas experiências. Ele pretende, nessa época, conformar a realidade com suas mãos, servindo-se dela, pois acredita que, ganhando o mundo, conseguirá ganhar-se a si próprio. Acontece, entretanto, que nascemos para o encontro com o outro, e não o seu domínio. Encontrá-lo é perdê-lo, é contemplá-lo na sua libérrima existência, é respeitá-lo e amá-lo na sua total e gratuita inutilidade. O começo da sabedoria consiste em perceber que temos e termos as mãos vazias, na medida em que tenhamos ganho ou pretendamos ganhar o mundo. Neste momento, a solidão nos atravessa como um dardo. É meio-dia em nossa vida, e a face do outro nos contempla como um enigma. Feliz daquele que, ao meio-dia, se percebe em plena treva, pobre e nu. Este é o preço do encontro, do possível encontro com o outro. A construção de tal possibilidade passa a ser, desde então, o trabalho do homem que merece o seu nome." (De uma carta de Hélio Pellegrino)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Carta pra Dands

Cadê você aqui do outro lado da rua? Se eu te gritar, você aparece?
Não é drama, sabe... Entendo que no final da semana vamos nos ver e rir das mesmas palhaçadas casuais, como se a ausência nem tivesse acontecido. Mas eu preciso de você pra fazer meu dia melhor. Já conheceu alguma daquelas pessoas que aparentemente, estão sempre pra cima, prontas para animar qualquer indivíduo desprovido de sorriso no rosto? Você é isso na minha vida.

Preciso de você no fim do dia pra pensar no sentido da vida, e embarcar nas minhas crises existenciais de adolescente incompreendida. Refletir no porque da vida, porque estudamos, porque trabalhamos, porque vivemos... sentadas no ônibus de volta pra casa. Pra me fazer chorar de rir com uma frase idiota, e sentir que valeu a pena todo o esforço do dia. No final, tudo compensa.

Não encare isso como prova maior de amor, pois eu nem gosto de você. "Num ligo!" Rsrs
Entenda: Você é a única pessoa que conheço que também se identifica com a Tati Bernardi, e isso é MUITO importante numa relação... rsrsrs
Amiga, estuda direitinho. Sexta-feira passa aqui em casa, e me empresta a câmera pra gravar o vídeo pro Estúdio i.

Beijos, te amo.

Luani Mendes.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

"Mas todos acreditam no futuro da nação..."


Desde a semana passada, eu e alguns amigos criamos acidentalmente uma espécie de clube do debate político. Estudamos em um colégio Estadual de Angra dos Reis e como sempre há falta de professores, saímos cedo e nos sentamos em frente a escola para conversar. Acontece que criticamos, filosofamos, e nunca chegamos a uma conclusão dos pensamentos expostos. Então se você é professor de redação, e quiser uma solução pra esse texto, pode parando de ler. (Estou neurótica por causa do vestibular, vai passar.)

Não estou escrevendo para criticar o governo, mas a sociedade, primeiramente. Ao mesmo tempo que perco a fé no voto, acho que não podemos desistir. Mas esse é outro papo... A questão a ser explorada é: Como criamos jovens tão babacas ao longo das décadas? Seriam uma consequência da suposta "democracia" alcançada pelo país? Não vivi nos anos de ditadura do Brasil, mas pelo que leio, a juventude da época me parecia muito mais engajada em questões políticas. Iam pra rua sem medo, encaravam os policias, apanhavam e no outro dia lá estavam, prontos pra lutar novamente. Estou longe de me tornar patriota, mas abaixar a cabeça para porcos com cassetete também não é opção.

Será que falta repressão pra essa minha geração "colorida" acordar pra vida? Seu pai provavelmente foi pras ruas nos anos 80, pintou a cara e gritou "Fora Collor!". E você aí, caretinha de merda, postando foto com a "molecada" no facebook. Enquanto políticos como Sergio Cabral sambam na cara do povão, você não faz nada pra mudar. E quanto a arte? Onde estão aqueles mestres do humor, jornalismo e grandes autores da época ditatorial? Por que o humor do século XXI se baseia em racismo e desrespeito, enquanto há uma série de problemas a serem ironizados?

É profundamente broxante ver um adolescente alienado nos dias de hoje. Que comemora a falta do professor de português e se pergunta o porque da aula de sociologia. É insuportável ver alguns alunos de escola particular (eu disse alguns), achando que é fácil passar pra uma boa universidade estudando em escola pública. "Ah professora, mas quem é do particular se esforça muito mais." E as cotas para aluno de escola pública? Pra filho de bombeiro e policial que morreu em serviço? Hum, essa é polêmica...

São temas aparentemente esquecidos em sala de aula, afinal, o importante é passar o conteúdo, não é? O tal do Currículo mínimo. "Gente, estou passando a matéria do SAERJ, que aliás, esse ano vocês tem que fazer." Olha que interessante! Um exemplo antidemocrático dentro da própria escola! E foda-se o SAERJ! Você realmente acha que o ensino público vai mudar por causa de uma prova? Nunca mudou. O ensino público vai mudar quando o governo brasileiro entender que o maior investimento que se pode fazer, é o da educação.

Só espero que não seja necessário voltar ao passado, para que haja uma conscientização moral da população. Afinal, somos o futuro da nação... Que merda hein?!

domingo, 8 de abril de 2012

I like bundas masculinas.


Essa é a história da menina que era tarada por bundas masculinas.
Laura foi criada numa família convencional, repleta de regras e bons costumes. Claudiane, mãe de Laura, nunca imaginou ter que criar uma filha com todas as dificuldades, para no fim se tornar uma... uma... tarada por bundas. Bundas masculinas, é claro.
- Não é nada de mais, mãe. É que são tão perfeitas, sabe?
- Mas minha filha...
- Nós temos que observar o conjunto da obra. As costas largas dão a simetria perfeita pra quem quer ter um glúteo torneado. Tem que malhar, fazer bastante flexão, contrair e relaxar...
- Laura!
- Qual é o problema em olhar? Hoje em dia não dizem que nós mulheres merecemos os mesmos direitos dos homens? Se eles podem olhar pra minha bunda na rua, eu também posso olhar e gritar "GOSTOSO!" pro pedreiro sarado na obra.
E tem mais! Eu podia gostar de coisa pior...
- O QUE??? VOLTA AQUI GAROTA!!!!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Tempo.

- Quantos anos você tem?
- Depende do seu ponto de vista. Quanto eu tenho pra viver, ou quanto eu já vivi? Quanto eu deixei de viver, ou quanto eu poderia ter vivido? Quanto eu posso viver, ou quanto eu não quero? Quantos anos eu não quis viver, mas fui obrigada? Quantos anos eu tenho de felicidade, e quantos eu posso ter? Quantos anos eu tenho ao lado do meu amor, ou quantos passarei sem ele? Quantos anos tenho que não faço sexo, ou quantos eu já comi todas da faculdade? Quantos anos eu tenho que quero ser alguém melhor, e não consigo... Quantos anos eu me pergunto se o mundo tem jeito? Quantos anos eu procuro pelo meu filho? Quantos anos tem que não sou sorrio sem medo. Que não ajo por vontade própria? Quantos anos eu tenho, enquanto o tempo vai passando?

Quem foi o idiota que disse que o tempo cura todas as feridas? Cura nada! A idade só serve pra nos colocar medo. Nos impede de tomar decisões e agir como jovens por dentro. Eu tenho a idade de uma criança com o peito cheio de vida! Essa é minha idade.