sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Mundo Grande

O amor e a poesia. O coração. Depois que a gente se apaixona, desapaixona, apaixona de novo e se perde nesse plano paralelo, começa a enxergar a beleza das coisas. Depois do amor não vem a dor. Vem o olho quase microscópico que busca por alguma coisa que te faça sentir bem, como um poema do Drummond. Por falar de amor, você ama. Ama a sensação da página nova entre os dedos, do cheiro irresistível de livro novo, ama cada pedaço do papel que traz consigo alguns dos sentimentos mais lindos desse vasto mundo.

Você percebe que não está triste quando sente amor com o Drummond, na voz do Drummond, e sabe que se ninguém entender nada de nada, o Drummond ressuscita pra explicar pro mundo sobre o próprio mundo. Pra falar de amor, como só ele poderia falar, e explicitar essa capacidade resignada de que seu coração, assim como o meu, é bem pequeno. Ah, Drummond... como eu agradeço aos céus por você ter vivido nesta terra e ter deixado tanta beleza pra eu amar. Por você ter me ensinado que o amor nada mais é do que a arte, e a arte é o amor. Obrigada e me desculpe pelas palavras gastas. É que acabei de ler aquele seu poema "Mundo Grande", e fiquei verdadeiramente emocionada.

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