quinta-feira, 31 de outubro de 2013

tpm

Das dores e amores de ser mulher, a pior é a dor do útero. Sem útero, sem opinião. Porque tudo o que eu quero agora é assistir GIRLS debaixo das cobertas, só por causa da fotografia que me remete ao frio (vai entender...), a Lena Dunham e os diálogos e situações totalmente humanos pra minha realidade, por mais que se passem em NY com 99,99% do elenco composto por classe média com roupas caras usando salto alto o dia inteiro. (só não é 100% porque provavelmente esqueci de algum ferrado na trama.) Não me importando com nada disso, de certa forma, me sinto um pouco a Lena na série. Mas que porra, não era disso que queria falar.

O fato é que sentada no sofá, com tanta informação ao redor pela tv, jornais, um dos cinco livros que tento ler ao mesmo tempo do lado, apostilas do vestibular, reggae e a série no computador, começo a fazer aquele velho balanço das recentes ambições. Amor e desamor caminham juntamente por um lado, já por outro, o ódio de tudo e a saudade desabam em forma de lágrimas sem sentido algum pra quem estiver fora de mim. Fora de mim, tudo é bagunça. Dentro é pior ainda. Seja no útero ou no coração (pior analogia de todos os tempos, eca!).  E sim, a bagunça é real, é não é drama não. O papo aqui é outro, e também não tem nada a ver com quem eu amo ou deixo de amar. Tem a ver com o que eu sou capaz de fazer em tempos de vulnerabilidade corporal e emocional, pra chegar na tal afirmação feminina. Nosso corpo é puro amor. Às vezes dói, mas no fundo é amor.

assinado,
tpm

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