quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Capitalismo lixo lógico

É indubitável o fato de que a sociedade contemporânea sofre constantes transformações, seja em caráter ideológico, político ou econômico. Entretanto, um fenômeno do novo século é o tão conhecido mal mal do consumismo excessivo. Como solucionar o problema dos novos "workahollics"?

Disseminado pela eclosão de padrões consumistas e futilidades de uma mídia inquisidora, o ideal capitalista se revela como o mais forte poder do século XXI. A necessidade do desnecessário formula um paradoxo comum ao homem moderno, instigando não apenas a compra de bens materiais, mas a formulação de um pensamento incoerente com a nossa verdadeira função na engrenagem social.

Ainda jovens, somos moldados pelo senso comum impregnado nos olhos de quem se julga detentor da verdade. É comum nos depararmos com um aluno prestes a escolher sua profissão, optando por algo que lhe beneficie financeiramente, deixando de lado as escolhas próprias e gostos pessoais.

O consumo exacerbado serve para fomentar a constante busca pela felicidade paga, inexistente, ilusória. O escritor gaúcho Santiago Nazarian levantou em um de seus romances a seguinte questão: "Se a fome é o impulso da existência, o freio desta seria o medo ou a saciedade?" Medo no sentido da perda de valores éticos e morais, aplacado pelo volume de ambiguidades excêntricas propagadas por um padrão de consumo.

Por fim, entende-se como mal do consumo excessivo esse desencadeamento de atividades mecanizadas do homem; o lixo lógico de uma Revolução informacional. O fordismo humano tão executado pela nossa geração, o qual adora a produção em massa de estereótipos consumistas. É neste lixo lógico capitalista que vivemos, e se quisermos, podemos ser melhores de alguma forma.
Menos fome, menos medo, mais saciedade. Capitalismo lixo lógico.

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