domingo, 4 de março de 2012

O trabalho na construção da dignidade humana.

Desde a época da escravatura no Brasil, o trabalho pode ser considerado um tema questionável em determinados aspectos, digno de um debate amplo e significativo. Se faz presente na vida de todos como base para construção profissional, e para outros , aparece como única oportunidade de vida.

A questão da dignidade se associa diretamente ao trabalho de quem busca por algo dentro dos padrões aceitáveis da sociedade, nunca perdendo o foco dos direitos humanos. Será mesmo?
Podemos analisar os casos constantes de negação ao trabalho na edificação dessa dignidade.

Por muito tempo a escravidão foi uma realidade no Brasil, se estendendo para o mundo contemporâneo em forma de exploração bruta de trabalhadores em pequenas regiões. Além do rompimento com os direitos humanos, há a corrupção, o que nos faz repensar no conceito de construção de dignidade no trabalho.

Crescemos acostumados com a ideia de que quem trabalha é digno, padronizamos o modelo de cidadão consumista mas não nos damos conta de que há uma enorme parcela de pessoas que não conheceram a oportunidade de estudar. Dessa forma, acabam migrando para a área da violência, sendo marginalizadas pela própria sociedade. A falta de oportunidade acarreta para os problema urbanos, dando a entender que só é digno quem trabalha.

No contexto capitalista, todo o mérito e dignidade se associa à melhor profisão do mercado, e ao seu valor de remuneração. Se realmente o conceito de dignidade trabalhista fosse algo democrático, professores não seriam tão desvalorizados e trabalhadores de baixo escalão não sofreriam preconceito.

Por fim entendemos que o trabalho na construção da dignidade humana está ligado ao contexto político-educacional, e aos padrões impostos por uma sociedade consumista. Enquanto houver a desigualdade social, a dignidade trabalhista estará longe de se concretizar.

(Luani Mendes)

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