Há algum tempo venho escrevendo por aqui, e pouco me importo com a repercussão das minhas palavras. Já me importei no início, mas não agora. Quer dizer... Nem sempre é tão fácil quanto eu gostaria que fosse, porque a gente é burro, né? Aprendemos desde cedo um egoísmo mastigado por quem nos rodeava, que como consequência, acabou por se transformar nessa hipocrisia de que falo, onde nada importa, e tudo importa. Nós humanos tendemos a nos preocupar demais com a opinião dos outros, outros esses que nada fizeram para merecer tal posto ideológico. Fala sério, é só questão de "opiniães".
Entretanto, eu me importo, exporto, imigro e emigro por espaços atemporais, da minha própria lógica inconsciente. Simplesmente, não sou dotada para me abster do mundo, e fluir livremente pelo fluxo de ideias e mais ideias que vão me surgindo, sabe? Eu, assim como muitos, ainda preciso de uma aprovação fatal desses "outros", ingratos e insatisfeitos. Busco forças do útero para agradar somente a mim, e às vezes até consigo exercitar esse egoísmo saudável e necessário da criatividade, só que quando o alerta do medo apita, não tem quem segure.
Seguindo a questão levantada por Santiago Nazarian em um dos incríveis parágrafos do livro "Mastigando Humanos", concluo que o freio da minha existência é o medo, e que sem ele, eu não estaria aqui. Pensamento paradoxal que define bem o que eu sou. Medo de escrever e não ser entendida; medo de errar e me perder nesse lapso momentâneo; medo de amar e ser amada; medo de falar e ser ouvida (principalmente quando o ouvinte é você); medo de você me achar estranha, brigar comigo ou nunca mais quiser autografar meu livro (por que eu tenho medo disso?);
medo de atravessar a rua e morrer. E se morrer?
E se morrer, morreu. Pelo menos vou ter escrito algo, para o meu próprio bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário