quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A saudade

Faz um tempo que não venho pra esse lado. O lado de quem escreve, de quem transmite alguma mensagem importante (ou não) através do simples ato da escrita. Pra mim é como se eu tirasse um grande peso das minhas costas quando escrevo, mesmo que o objetivo final não seja alcançar elogios de pessoas mais inteligentes que eu. As vezes é só pra descarregar a emoção mesmo...
Tem horas que a saudade bate tão forte que somos incapazes de agir como gostaríamos, e é com o papel e a caneta (ou pra não parecer velha, o computador) que descontamos tudo aquilo que estamos sentindo.
A adolescência é uma fase da vida que eu tenho fé, com todas as forças ainda existentes em minha alma que um dia conseguirei entender. Nós jovens em determinados momentos parecemos ter o prazer em humilhar e desmerecer o outro, mesmo que a olho nú pareça algo da mais perfeita normalidade e consequência da espécie. Sim, porque é exatamente isso que nos é passado através das gerações. Nossa sociedade é baseada em ambição, hipocrisia, mentiras, corrupção, falta de ética e muitos outros nomes sujos, dos quais me sinto infeliz em citar, mas é a realidade. É assim que crescemos, é assim que aprendemos a viver.
Pra ser sincera eu nem queria falar disso, mas sou do tipo de pessoa que começa em um ponto e termina do outro lado do hemisfério. Quero falar sobre saudade sem chorar, sem nostalgia, sem melancolia, mas quando me lembro do que eu era há três anos atrás, das pessoas que me cercavam e do que sou hoje, é impossível não se deixar levar por esse sentimento único.
Queria que meu melhor amigo fosse o mesmo e que ao olhar pra mim seus olhos brilhassem novamente dizendo em retórica aos meus "em vocês eu posso confiar". Quero fazer de hoje, aquilo que não fiz ontem, pra que amanhã eu olhe para trás sem arrependimentos e perceba que tudo valeu a pena.

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