segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Primo Basílio


Ontem assisti o filme baseado no romance do famoso escritor português, Eça de Queiroz, "O Primo Basílio".
Confesso que precisei tomar coragem antes de assisti-lo, devido as inúmeras críticas dos colegas que já haviam assistido, pelas cenas de nudez envolvendo Basílio (Fábio Assunção) e Luíza (Débora Falabela). Em uma construção literária baseada no gênero realista misturado ao adultério, é praticamente impossível a censura quanto a eroticidade na dramaturgia.
A história se passa nos anos cinquenta, em São Paulo. Luíza é uma dona-de-casa de classe média burguesa, casada com o engenheiro Jorge (Reynaldo Gianecchini). Envolvido na construção de Brasília, o marido precisa se ausentar por algumas semanas e essa é a chance que a jovem esposa encontra para se entregar aos braços do Primo Basílio. No meio da trama, entra em cena a empregada Juliana (Glória Pires), que encontra as cartas da patroa com o amante e revolve chantageá-la em troca de dinheiro, fazendo com que Luíza viva um verdadeiro inferno na tentativa de esconder o caso de seu marido.
No realismo o escritor retrata a situação criada após o casamento, o qual na maioria das vezes era sustentado pela hipocrisia de uma classe tradicional. Com as atenções voltadas para a realidade e objetividade, podiam escrever através de histórias como "O primo Basílio" grandes críticas relacionadas a sociedade da época e desenvolver análises sobre a infidelidade no matrimônio.

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