quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Vida...



Criei uma imensa gratidão pela vida.
A vida que nos segue;
A vida que nos ama;
A vida suja, que as vezes me abandona.

A vida ingrata, que as vezes me ignora;
A vida mal interpretada pela criança que chora.
A vida que se sobrepõe a tudo o que acreditamos ser.

A vida que não faz sentido, aquela que eu gostaria de ter.
A vida difícil que te sacaneia;
A vida inconsequênte que te surpreende;

A vida que vivo, sem nada saber;
A vida que conto, por nada viver.

Dei muito valor a nada, e de nada fui feliz;
Penso em tudo que posso ser, tudo que um dia já quiz.

Talvez sonhos, que se misturem a realidade;
Mas de nada adianta, se o amor virou banalidade.

Se penso, logo existo.
Se existo, logo crio.
Se crio, logo vivo.

E se vivo?
Será que vivo?

Nem comecei a viver, e já temo o saber sobre a vida.
Só sei que para entendê-la, de muito precisaria viver;
Mas para vivê-la, é insignificante precisar entendê-la.  

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