quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Onde o mundo está parando?

Violência e crimes viraram parte do dia-a-dia. A burrice também parece que entrou na lista, principalmente de nós brasileiros. Todos os dias fechamos os olhos para as piores, porém mais nítidas realidades da nossa sociedade, seja em um pequeno gesto como jogar uma lata de refrigerante na rua, uma pessoa precisando de um lugar no ônibus, ou algum tipo de falta de respeito. A realidade? Sabe a mais pura realidade que nos persegue todo o dia? Acho que somos todos hipócritas.
 Hipócritas por fingir que não conhecemos o país em que vivemos. Por preferir sofrer e chorar a dor do agora, quando poderíamos ter feito alguma coisa no passado. Eu sou hipócrita por apenas transformar em palavras esse sentimento de culpa. Sou hipócrita por estar aqui agora, debaixo de um teto, em um sofá confortável, tendo  praticamente o que quiser, na hora que quiser, enquanto muitos lutam pela sobrevivência em lixões, procurando algo comestível. Não digno, pois a dignidade nessas horas poderia ser considerada um luxo. Eu aqui, você aí.
Me sinto hipócrita por pensar dessa forma, escrever dessa forma, e ainda ser capaz de no final do ano implorar a minha mãe que me compre um celular da moda. Esse é o mundo no qual vivemos. Esse é o país no qual vivemos. Um querendo ser melhor que o outro. Esse é o capitalismo em que vivemos. O pior é que não conseguimos deixar a hipocrisia de lado. Não pode deixar de mentir pra si mesmo, achando que o lugar em que vivemos pode continuar da mesma maneira. Não pode reclamar da vida, do governo, da economia, da violência, da hipocrisia dos outros, da burrice e da estupidez de alguns, se não fizer alguma coisa. Mas pode fazer a diferença. Pode até parecer clichê, mas não podemos esquecer dos problemas dos outros e tentar escrever um simples texto sem muita utilidade. Você pode ser só mais um hipócrita nesse mundo desenfreado.

Um comentário:

  1. Eu já me peguei pensando nisso inúmeras vezes, sempre me preocupando com aonde iríamos parar e como sobreviveríamos daqui à uns anos, nesse ritmo. Isso realmente me assusta, essa sociedade que escolhe o dinheiro em meio ao amor. Que tem medo de se atrasar 12 minutinhos para parar um pouquinho e assistir o pôr-do-sol com a família. São coisas assim que me entristecem e me fazem perder a esperança num mundo melhor, aonde todos compartilham seus ideias, e seus sonhos, vivendo um pelo outro.

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