sexta-feira, 21 de junho de 2013

O jacaré

Todo mundo que participa da minha vida tem uma grande parcela de culpa sobre as coisas que eu costumo pensar. Todo mundo é um personagem fundamental nessa cena que é viver. Hoje no meu horário de almoço, passando pela área de jogos pras crianças no shopping, me vi ali naquele mesmo piso há uns doze anos atrás. Minha mãe me segurando pela mão, me ajudando a enfrentar o medo de entrar na boca de um jacaré inflável porque eu realmente achava que se entrasse ali não sairia mais.

Aí eu fui, morrendo de medo daquela situação, só que quando cheguei nos dentes do bicho meu corpo travou e não conseguia dar um passo a frente. Quis sair correndo, ir pra minha casa e nunca mais sair na rua.
Agora, doze anos depois, me vejo numa situação um tanto parecida só que o bicho se chama "minha gerente" e eu não posso sair correndo chorando pra minha casa (por mais que eu queira) por questões de "preciso do dinheiro". Enfim, como o que eu mais faço no trabalho é viajar olhando pro nada, formular algumas ideias sem sentido ou que tenham tudo a ver, achei interessante essa analogia da minha infância com a minha presente metamorfose.
Nunca a Luani pirralha iria imaginar que um dia o jacaré se tornaria sua menor preocupação.

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