domingo, 29 de abril de 2012

ChocolateMorfina

São quatro da manhã, e estou pilhada. Cheguei do curso Pré-Vestibular, e dormi até... Agora. Meu sono é um bom material a ser examinado por cientistas ávidos em novas informações, mas isso não importa. O que importa é que apesar de tudo o que me fez mal hoje, eu encontrei forças para estudar. Ouvindo uma banda chamada Chromatics, algumas do ColdPlay e destrinchando sobre a Primeira Guerra Mundial no meu bloquinho, vou prolongando a agonia da falsa felicidade.

Ouço "The Scientist" projetando meu casamento, e nem namorado eu tenho. Nem quero ter, por um bom tempo. Essas coisas não dão certo pra mim, nunca deram, então decidi que vou ser dessas meninas felizes e realizadas com seus livros e amores ocasionais. Não chorem, enxuguem suas lágrimas de crocodilo, eu vou ficar bem. É a consequência de encontrar apenas pessoas idiotas ao longo da vida. Só que hoje foi daqueles dias que eu compraria uma passagem pro céu, só pra encontrar meu pai e suplicar pra Deus me deixar abraçar o véio. "Problemas, problemas, até quando?" Até sempre, querida.

 Por acreditar na felicidade, ter fé no amor e em Deus primeiramente, não me abalo mais com coisa boba. Me abalo sim, por algumas horas, mas a essência permanece positiva. As pessoas que mais amamos, tendem a ser as que mais nos fazem sofrer. A pior coisa que poderia acontecer é quem você contaria com um abraço, te bater no peito e lhe fazer chorar. Uma dor insuportável, pior que bater a cabeça na quina da cama, e olha que depois da choradeira eu fiz isso. Resultado: Um galo na testa, e um coração socado. Preciso de mais alguma coisa?

ChocolateMorfina cura todas as dores do meu mundo. Melhor que bebedeira alcoólica, é bebedeira chocólatra. "Porre de toddynho, e que morram os outros!"- A gente fala pro garçom, que com cara de espanto, pega o achocolatado da cozinha da mulher e leva pra guria com cara de criança estendida sobre seu balcão imaginário. A guria pensa em fugir, mas sabe que de problema não se foge.
"TRIM, TRIM, TRIM!!!"
- Alô?
- Oi Tchuca, é papai.
- Oi pai, vai vir que horas?
- Daqui a pouco eu chego aí, vai se arrumando.
- E hoje vamos aonde?
- Aonde te fizer feliz.
 - Te amo, pai.

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